domingo, 25 de março de 2012

A "cartilha" do Jairo e o policiamento da vida noturna de R10 e Cia.




No Mengão, mesmo após uma vitória na raça sobre o modesto Volta Redonda (4 a 2, com dois do ídolo V. Love), a polêmica da vez é o aniversário moteleiro de 5 dias, promovido por Ronaldinho Gaúcho (http://extra.globo.com/famosos/ronaldinho-gaucho-gasta-r30-mil-em-festa-de-cinco-dias-em-motel-4400261.html), e à quase pueril carta entregue pelo Gerente de Futebol, Jairo dos Santos, aos jogadores rubro-negros, pedindo que eles dormissem cedo e se entregassem às atividades propostas pela Comissão Técnica.


Em que pese não se tratar de "Cartilha", como vem chamando a imprensa, tal documento era necessário? Minha opinião: NÃO.


Mas seria necessária alguma atitude em sentido similar? SIM, sem dúvida alguma, mas na base da conversa e, preferencialmente, por um líder que conheça o perfil dos jogadores e tenha efetiva ascendência sobre eles. A reação jocosa (e desrespeitosa) de alguns jogadores, fazendo "gaivotas de papel", mostra que o tiro saiu pela culatra, enfraquecendo ainda mais o (já combalido) sentido de hierarquia dentro da instituição.


Na seqüência das "gaivotas", Ronaldinho Gaúcho, um dos ditos líderes do elenco rubro-negro, declarou que o Barcelona ganha tudo sem precisar de cartilha e que há um exagero sobre sua predileção pela noite, pois, segundo ele, "não costuma sair na noite anterior, ou faltando dois dias para o jogo".


Mas, então, Ronaldinho teria razão, mesmo que parcial? Os dirigentes, a torcida e a imprensa possuem, ou não, o direito de patrulhar a vida extra-campo dos jogadores de futebol?


Por um lado, é claro que há eventuais exageros nas cobranças. Os jogadores, mesmo os chamados "veteranos" (na faixa dos 30), são jovens, possuem desejos, energia, vontade de namorar, de bebericar umas e outras e se divertir.


Mas, assim, como a maioria das pessoas comuns, devem reservar para as folgas tais momentos de descontração, especialmente para as farras noturnas, que tantas vezes adentram as madrugadas.


Afinal de contas, o trabalho exige que estejam com o corpo em dia e em alto limiar de potência, o que a bebida e a falta de sono, sabidamente, minam.


E, nesse passo, não podem se incomodar com cobranças. Pelo contrário, devem se conscientizar que eles, jogadores de futebol dos grandes clubes brasileiros (cujo corpo deve ser um templo), ganham, em média, três ou quatro vezes mais do que empresários bem sucedidos, juízes, médicos e executivos de primeira linha.


Mas como sou empresário, em minha vida pessoal, devo admitir: a cobrança tem que vir mesmo das arquibancadas e da mídia, pois é muito difícil um patrão cobrar e, principalmente, punir um funcionário, por mais que ele seja displicente, se não remunerá-lo em dia. Mas pode demiti-lo...


E às quase sempre desorganizadas diretorias de clubes, especialmente a do meu Mengão, resta refletir e escolher, sem excessivas delongas, se vale a pena bancar super-salários àqueles que não respeitam o Manto e a Nação...


Nós, torcedores rubro-negros, não queremos santos (Zico, Júnior e, principalmente, o Zizinho, nada tinham de abstêmios), mas exigimos jogadores guerreiros e que tenham o mínimo de bom senso para se preservar ao ponto de não dormir, ou se arrastar, em treinos (e muito menos em jogos)... 

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