quarta-feira, 28 de março de 2012

Resumo da Ópera: Olimpia vs FLA

OLI 3 x FLA 2


O Flamengo perdeu nos detalhes, ou melhor, perdeu em pontuais falhas de marcação, um jogo importante, no qual estava focado e não chegou a jogar mal.


Apesar da habitual raça e correria do Willians, em vários setores do campo, faltou, em minha concepção, um terceiro zagueiro ou cabeça de área mais fixo, desde a sobra até a entrada da área, protegendo a defesa.


E isso não é a característica dos meninos Muralha e Luiz Antônio, os quais, ademais, apesar de terem ótimo potencial, ainda não possuem experiência para, sozinhos, aguentarem a barra da meia defensiva em um jogo dessa natureza.


Tanto é que, visivelmente, além de não terem proporcionado efetiva proteção à zaga, mostraram inconstância em vários momentos do jogo, inclusive errando passes simples. Têm futuro, é claro, mas foram lançados juntos hoje, por necessidade, ante a ausência dos lesionados Maldonado e Renato Abreu. Que venha o Cáceres, infelizmente não para a Libertadores.


Do ponto de vista ofensivo, o Flamengo não foi inteligente como deveria, ao, sob forte ferrolho paraguaio, afunilar o jogo, explorando timidamente seus dois laterais, os quais, em um esquema com três zagueiros ou com a defesa mais plantada, poderiam tornar-se mais soltos e perigosos, numa réplica do manjado, mas eficiente, esquema que Joel Santana utilizou na arrancada do Brasileirão de 2007.


Por fim, nota de louvor à movimentação sempre positiva do Love, tentando, mesmo um tanto ou quanto isolado, dar opções de passe para os não muito inspirados Ronaldinho e Bottinelli, não obstante estes dois últimos terem, em lampejos, sido responsáveis por uma assistência e um belo gol à distância, respectivamente.


Quanto ao R10, aliás, longe das noitadas do Rio (ao menos desde segunda), correu um pouco mais, limitando-se, porém, a proteger a bola e tentar passes desde o setor esquerdo do campo, o que, além de abaixo de sua capacidade técnica, faz os amantes de futebol terem saudades daquele jogador insinuante, que jogava de forma horizontal e partia para cima de seus marcadores, abrindo as defesas com uma incomum criatividade.


Para nós, rubro-negros, resta sonhar que R10 e Cia. acordem a tempo de reagir na Libertadores, evitando o pesadelo de uma eliminação prematura.

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