quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Raça e Força da Massa: uma Fórmula Infalível

Como um time mediano (chamado de medíocre há pouco tempo) pode se tornar irresistível?

Tire um técnico consagrado, mas covarde, e coloque outro, humilde, sem pompa, que conheça, por outro lado, o elenco na palma das mãos. Porém, muito além disso, conhece demais a mística e a força do Manto Sagrado! O nome dele é Jayme de Almeida, ex-zagueiro do Mengão na década de 70, contemporâneo da geração de ouro do Mengão.

Adicione jogadores com técnica limitada, desacreditados, os quais, por meio do tal "técnico interino" de outrora, aprendem que o Flamengo é diferente, que pode jogar mal, ter um dia infeliz, mas nunca ser indiferente, nunca indiferente com os milhões de apaixonados, muitos dos quais deixam de pagar o almoço para ir ao estádio empurrar o time.

Mas tudo isso não seria ótimo sem o tempero de um super manto encarnado, em vermelho e preto, pesado, "inexpugnável" (como diria o tricolor Nélson Rodrigues), que impõe paixão aos torcedores, da mesma forma que impõe respeito e temor aos adversários, cientes de suas tradições centenárias, como a do "Phoenix", que ressurge das cinzas.

Por fim, acrescente um estádio mítico, lotado por milhares de vozes apaixonadas, intensas, persistentes, que, durante 90 minutos, demonstram fazer daquele time uma religião, o amor único, final e insubstituível da vida de cada um torcedor que compõe aquela massa irresistível chamada "NAÇÃO".

Os resultados são conhecidos: frisson, fascinação, magia e conquistas inicialmente tidas como improváveis por tantos. Exemplos são pródigos e incontáveis, sendo os mais recentes o Tri-Carioca de 2001 e o Hexa-Brasileiro de 2009.

Ontem, 23/10/2013, foi uma noite de pura magia, mais uma noite histórica, de Orgulho, na qual onze jogadores razoáveis (alguns, um pouco acima da média), mas com Raça e Espírito inquebrantáveis, vergando o inspirador Manto Sagrado, no incomparável Maracanã, levaram o Clube de Regatas do Flamengo, 11º lugar do Campeonato Brasileiro, a impor uma acachapante goleada em cima do Botafogo, ex-líder e ex-sensação do Brasileirão.

A Maior Torcida do Mundo, mais uma vez, fez a diferença, o que não seria completo se não tivéssemos no comando do time alguém com a dignidade e a alma de Jayme de Almeida, um grande rubro-negro (antes quase anônimo), que fez os jogadores compreenderem que com a Nação empurrando e Raça em campo, TUDO É POSSÍVEL!

OBRIGADO, MEU DEUS, POR EU SER MENGÃO! SAUDAÇÕES RUBRO-NEGRAS A TODOS! 

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