sábado, 1 de dezembro de 2012

O DIA DA INDEPENDÊNCIA DO FLAMENGO


Amigos leitores, na segunda-feira, 03/12, os sócios do nosso amado MENGÃO terão a chance de tirar o Clube de uma das piores crises institucionais, financeiras e esportivas de sua centenária história, que submeteu a ardorosa Nação Rubro-Negra a incontáveis momentos de vergonha e sofrimento em um prazo de três anos, que deveria ter parecido breve.

Nunca antes, como agora, a Gávea se viu infestada por tanta gente querendo servir-se do Clube, aparecer à custa dele, quando não também espoliá-lo, sem limites e nem escrúpulos, como no lamentável episódio da acusação de Leonardo Ribeiro a Zico, o qual não apenas é o maior ídolo da Nação, mas exemplo de atleta dedicado à causa rubro-negra, exemplo de líder, pai de família e homem correto.

Nunca antes, como agora, se viu tanto amadorismo, canalhice e incompetência nos corredores da Gávea, afastando do Clube não apenas o grande Zico, mas vários rubro-negros de bem, desprezados, enojados e, ou, coagidos com a truculência de alguns dos pares de Patrícia Amorim, os quais se comportam como uma verdadeira Tropa de Choque, ameaçando opositores sem o menor pudor, inclusive via imprensa.

Mas, por outro lado, tanta falta de hombridade e de respeito às grandiosas tradições do Flamengo, criou um engajamento único em toda a história, de torcedores e sócios, sobretudo os mais jovens, nas ruas e nas redes sociais, em favor da derrocada de Patrícia Amorim e sua famigerada turma, sendo a maioria aparente apoiadora da CHAPA AZUL, liderada pelo executivo Eduardo Bandeira de Mello, com o suporte de um grupo de empresários bem sucedidos e a adesão de Ronaldo Gomlevsky, ou da CHAPA ROSA, capitaneada pelo empresário Jorge Rodrigues, que serviu como colaborador de algumas gestões recentes, inclusive de Patrícia Amorim, tendo agregado às suas fileiras os ex-candidatos Maurício Rodrigues e Lysias Itapicuru.

Na condição de articulista, de fato e propositadamente, demorei de declarar apoio a uma das chapas oposicionistas.  Em primeiro lugar, pois entendo que o primeiro objetivo era promover o máximo de união possível, para criar chance real de derrubar a atual gestão, no que houve êxito, com a ajuda e o entendimento de tantos outros companheiros. O segundo era incentivar Jorge Rodrigues a se manter como alternativa de uma verdadeira oposição, sem compor com Amorim e Cia. O terceiro decorreu de minha necessidade de, não obstante o sedutor apoio de Zico à Chapa Azul, assistir vários debates e entrevistas dos candidatos de oposição, de ouvir opiniões sobre eles e de avaliar cuidadosamente os respectivos projetos, considerando, por fim, ainda as efetivas possibilidades eleitorais de cada qual.

Efetivamente, mesmo sem ser conselheiro ou conhecer de perto os bastidores da Gávea, lendo e ouvindo muito sobre o Flamengo, devo reconhecer que Jorge Rodrigues realmente parece um rubro-negro de bem, apoiado por figuras boas e tradicionais, como Washington Rodrigues, o “Apolinho” da Rádio Tupi, e de George Helal, que, do próprio bolso, manteve Zico na Gávea quando este era jovem e tinha dificuldades para treinar e alimentar-se diariamente, vindo de subúrbio distante.

Jorge Rodrigues é um cidadão de passado humilde, que se tornou, por méritos próprios, um bem sucedido empresário, dono da Triunfo Logística, atual patrocinadora do Clube, e de outras empresas. Rodrigues tem conhecimento e bom trânsito nos Conselhos e, de certa forma, perfil próximo ao de antigos presidentes do Flamengo, de fazer promessas, especialmente quanto à renegociação da dívida de aproximadamente R$ 600 milhões, singelamente calcada na capacidade arrecadatória da “marca FLAMENGO”, e a contratações de jogadores de nível internacional. Contudo, acredito que Jorge Rodrigues seja imbuído de ideais legítimos e que tenha um projeto interessante, coerente com o de Maurício Rodrigues, no sentido de profissionalizar o futebol, sob a assessoria da Price Waterhouse, melhorar o marketing (hoje inexistente), construir uma arena multiuso na Gávea, um estádio próprio para jogos de menor porte e de investir nas embaixadas rubro-negras em todo o País.

Tendo em vista os motivos acima, devo reconhecer, sim, a candidatura de Jorge Rodrigues como uma alternativa viável de mudança ao terrível status quo trazido pela gestão da Sra. Patrícia Amorim. Respeito, então, os eleitores e apoiadores de Jorge Rodrigues.

E digo mais, repugno veementemente ataques e trocas de farpas entre apoiadores das Chapas Azul e Rosa. Isso é totalmente contraproducente. Em primeiro lugar, porque os inimigos comuns se chamam Patrícia Amorim, Leonardo Ribeiro, Michel Levy, Cacau Cotta, entre outros. Em segundo lugar, pois dificilmente uma das citadas chapas consegue retirar votos da outra, inclusive diante do perfil, claramente diverso, dos apoiadores de cada uma, tendo o Jorge Rodrigues mais aceitação entre os sócios antigos e conservadores, enquanto a Chapa Azul atrai uma parcela mais jovem e fervorosa da oposição a Patrícia Amorim. Ou seja, é o tipo de abordagem que só diminui a força da oposição e nada agrega ao futuro do Flamengo.

Contudo, minha opção é pela CHAPA AZUL (FLA CAMPEÃO DO MUNDO). Isto porque, o Flamengo se encontra mergulhado em um caos, que, diga-se de passagem, começou antes de Patrícia Amorim, profundo e de proporções não totalmente conhecidas ou palpáveis. O projeto de profissionalização da Chapa Azul, a meu sentir, é mais consistente, do ponto administrativo e financeiro, e pronto para, de imediato, reconduzir a Instituição aos trilhos de governabilidade.

Enquanto, Jorge Rodrigues admite que, se vencer, ainda escolherá sua equipe de Diretores Executivos nas mais diversas áreas e que a Price Waterhouse pode demorar seis meses para apresentar um projeto de gestão, a Chapa Azul já tem um projeto muito claro, inclusive emergencial, para todas as áreas e uma equipe pronta de grandes profissionais para gerir as Vice-Presidências e respectivos Departamentos, como o Luiz Eduardo Baptista (Marketing), Cláudio Pracownik (Administração e TI), Carlos Langoni (Finanças e Reestruturação da Dívida), Rodolfo Landim (Vice de Patrimônio), entre outros.

É relevante registrar, nesse sentido, que, pelo que acompanhei das respectivas entrevistas, são torcedores rubro-negros de fato, independentemente de alguns trabalharem, ou não, no Brooklin Paulista, e profundos conhecedores graves dos problemas que vão enfrentar. Impressionante, por exemplo, como o Luiz Eduardo Baptista (“BAP”) conhece os detalhes do contrato que possivelmente seja assinado com a Adidas. Nesse passo, o Presidente Eduardo Bandeira aposentou-se do BNDES e estará na Gávea 24h por dia, assim como o Diretor-Geral Wallim Vasconcelos. Os Vice-Presidentes, não remunerados, se comprometem a estar no Flamengo pelo menos uma vez por semana, nomeando outros grandes profissionais, como João Henrique Areias (Marketing) para atuar diariamente na gestão dos Departamentos.

Desta forma, mesmo ressalvando meu respeito à CHAPA ROSA, declaro meu incondicional apoio à CHAPA AZUL, desejando toda a sorte do mundo para seus integrantes no Pleito Eleitoral de 03/12/2012, que promete ficar conhecido como o DIA DA INDEPENDÊNCIA DO FLAMENGO!

Aos meus amigos e amigas rubro-negros, que moram ou estão no Rio de Janeiro, mesmo os que não podem votar neste pleito, devem continuar ativos, mobilizando e convencendo os indecisos (número ainda expressivo), na Gávea, nas redes sociais ou no educado corpo a corpo, pois, apesar da pesquisa do IBOPE, não há nada ganho ainda e nunca é demais lembrar que não se ganha voto na pressão e na gritaria, especialmente dos sócios de idade madura, que são maioria ainda no Flamengo.

Então, vamos às urnas!

Que Deus salve o Clube de Regatas do Flamengo e o faça, com a ajuda da Oposição, retomar a grandeza perdida!

Nossa NAÇÃO merece!

Um comentário: